Eu sou um lobo solitário
E mando aqui nesse sertão
Com meu chicote e meu podão
Eu fui capanga de um coronel
Mais de mil foi pro “beleléu”
Matei sem dó
Eu gosto da minha calça apertada
Minha bota bico fino de couro de Jararaca
Isso tudo é o “ó”
É um escândalo
Me julgam quando bebo um pouco a mais
Eu fico livre, leve e solto
E quando vejo um capataz
Me arrepio e fico louco
Comigo mesmo
Mas ando meio triste e angustiado
Segurando o rebolado
Com vontade de desabafar
Me sinto aprisionado numa jaula
Feito um frango num viveiro
Preciso me libertar
Deixa eu sentar, morder a fronha
Ser uma biba sem vergonha
Dê-me a mão vamos passear
Venha pro meu mundo encantado
Aqui tem pouco veado
Hoje a purpurina vai rolar
Eu gosto da minha calça apertada
Minha bota bico fino de couro de Jararaca
Isso tudo é o “ó”
É um escândalo
Me julgam quando bebo um pouco a mais
Eu fico livre, leve e solto
E quando vejo um capataz
Me arrepio e fico louco
Comigo mesmo
Mas ando meio triste e angustiado
Segurando o rebolado
Com vontade de desabafar
Me sinto aprisionado numa jaula
Feito um frango num viveiro
Preciso me libertar
Sou lobo solitário
Sou robusto sou machão
Mas tomo uma cachaça
E fico louco de tesão
De rainha do rodeio
Pra jagunço do sertão
Seu preconceito tolo
É de cortar o coração