Foi no ano de 1947 que a dupla nasceu artisticamente como Irmãs Galvão. A estréia foi em um programa da Rádio Club Marconi, de Paraguaçu Paulista (SP), comandado pelo radialista Sidney Caldini.
Em 1985, o Maestro Mário Campanha começa a produzir os discos da dupla e com ela inaugurar uma fase mais moderna.
Abertas às novas tendências da música regional, foram a primeira dupla a gravar lambada, recebendo um disco de ouro com a música “No calor dos teus braços”, de Nicério Drumond e Cecílio Nenna, em 1986. Este LP as projeta nacional e internacionalmente, com músicas tocadas em Portugal, no Canadá e na Suíça.
Em 1997, comemoraram seus 50 anos de carreira com um show no parque da Água Branca, em São Paulo, com a presença de 6 mil pessoas, sendo homenageadas por Sula Miranda, Cezar & Paulinho, Tinoco e Tinoquinho, entre outros.
Em 2002, uma numeróloga sugere a dupla que mude o nome para “As Galvão”.
Em 2013, no distrito de Sapezal, bairro rural da cidade de Paraguaçu Paulista, foi inaugurado o “Museu das Irmãs Galvão”, em homenagem a dupla. Foi nesta localidade que a dupla deu os primeiros passos na carreira, no final da década de 1940.
Em janeiro de 2016 gravaram o primeiro DVD da carreira.
Em 2017, lançaram o DVD “Eu e Minha Irmã: A Trajetória das Irmãs Galvão” contando a história da carreira da dupla.
Mary Galvão, de 81 anos, anunciou o fim da dupla sertaneja Irmãs Galvão após 74 anos cantando com a irmã, Marilene, de 79 anos. Isso porque Marilene foi diagnosticada com Alzheimer há alguns anos e o avanço da doença está fazendo com que ela esqueça as letras.
“É um lado muito triste. A pessoa que está doente não sabe nada e a gente é que sofre pela pessoa. É o primeiro programa em que estou dizendo que acabou. Infelizmente, não lembra mais as letras, não lembra mais nada”, contou Mary, em entrevista ao canal de YouTube de André Piunti.
“Você imagina, uma irmã com quem a gente cantou 74 anos, desde criança e de repente, a gente tem que dar um tempo. E esse tempo não tem mais jeito. Não é fácil, mas a gente tem que procurar tirar de letra. Eu sinto muita saudade dela, da pessoa dela, porque agora é outra pessoa. Passou um tempo dentro da minha casa me procurando… ‘Cadê a Mary?’, me chamando de mãe… muito triste. Amo muito a minha irmã, vou sempre visitá-la. É um amor muito grande por tudo que nós passamos juntas, sempre uma dando apoio para outra. Esse amor não vai acabar, não.”
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