Como todos sabem, minha carreira nasceu das composições, elas me deram base pra ser quem sou hoje e, falando agora como artista, sinto que os compositores são o grande combustível que gira o mercado, pois a música é o primeiro de tudo em uma carreira, é a peça fundamental que muda o jogo, sem os gênios por trás da voz, será que existiriam nossas vozes?
A ideia do projeto “Gênios“, que eu lanço hoje, dia 12 de março, surgiu no dia do falecimento do Sr. Francisco, pai de Zezé di Camargo & Luciano, estava conversando com a minha empresária, estávamos falando da importância do pai na carreira dos filhos, no fato do Zezé ter sido desacreditado por tantas vezes como cantor, por ser compositor de sucesso, por suas músicas estourarem na voz de outros artistas e não dele, simplesmente olhamos uma pra outra e falamos: “É Isso”.
No mesmo momento desenhamos um projeto para homenagear grandes compositores, passamos horas listando nomes que me inspiraram e suas obras, um dos primeiros nomes que veio à minha mente foi de nada mais, nada menos que o grande César Augusto, que sem a menor dúvida, fez parte da minha vida e de milhares de outras pessoas, um dos grandes nomes que me inspirou na minha trajetória.
No dia seguinte entrei em contato com ele, foi lindo ouvir da boca de um dos meus ídolos, que seria uma honra ter as obras dele interpretadas por mim.
Com a “bênção” do César, liguei para o meu produtor Borqz e demos início ao laboratório com mais de 50 músicas, dessas, selecionamos 21. Com a obra do César Augusto, eu faria 10 grandes projetos e ainda ficariam de fora muitas músicas excelentes, ele não deve ser desse planeta (risos), só músicão!
Esse é o primeiro, que dá start no projeto GÊNIOS, onde vou homenagear algumas das minhas maiores referências musicais na composição brasileira, e não quero me prender à gênero musical, quero homenagear pessoas que sempre ouvi e que fazem parte da não só da minha vida, mas também de milhares de pessoas.
Confesso que é uma responsabilidade muito grande, dar a minha versão para músicas que o Brasil inteiro conhece, que fizeram parte de tantas histórias, me sinto privilegiada, tenho uma analogia em relação à um compositor comparado à um atleta: quem é sempre lembrado, é quem faz o gol e não quem dá o passe, no caso, o compositor é o cara que dá o passe para o artista fazer o gol, e nesse projeto, o holofote é para quem deu o passe, sem essa peça tão fundamental, não teríamos a vasta cultura musical que temos.
Começar 2021 com esse projeto que eu me apaixonei tanto, me deixa muito feliz, 2020 foi um ano muito tenso, e o que me livrou dos meus maiores desafios, foi a música, então, quero usar esse combustível para começar o ano com chave de ouro.