Na segunda noite da maior festa da região sul do Brasil, a Barraca Universitária, recebeu artistas como João Carreiro, João Neto & Frederico e Janderson & Anderson. Bem diferente dos anos anteriores, a nova estrutura montada agora contou com apenas um palco, com mais espaço, além de telões nas laterais. O espaço dos camarotes também ganharam um adicional, ficando mais aconchegante, além de várias câmeras de segurança, diversos seguranças e bares bem localizados, além dos banheiros. Tudo muito bem organizado.
Quem iniciou o segundo dia da Barraca Universitária, foi o cantor João Carreiro. Pela segunda vez se apresentando em Maringá neste ano, João Carreiro cantou grandes sucesso da época que tinha dupla com o Capataz, até porque várias canções foram escritas pelo próprio cantor.
Para os fãs do verdadeiro sertanejo, o público pode conferir grandes sucessos como “Cio da Terra”, “Prefácio”, “O Que Essa Moça Fez Aqui”, “Faculdade da Pinga”, “O Remédio é Beber”, “Bruto, Rústico e Sistemático”, e vários outros.
Com o sertanejo onipresente nas paradas na última década, João Carreiro teve a chance de se lançar como um tradicionalista, com forte influência da moda caipira. Voz grave, feições sérias, é um ponto fora da curva universitária.
De volta aos holofotes, João repete como um mantra na entrevista que sua vocação caipira é um dom, algo ao qual não pode renunciar. E durante quase dez anos de carreira, mesmo nadando contra a maré, não faltaram incentivos. Um deles de uma figura especial: José Rico, da dupla Milionário & José Rico, que morreu em março.
Em seguida, a festa continuou com João Neto & Frederico cantando seus maiores sucessos “É Claro Que Eu Tô”, “Presto Pouco”, “Crime Perfeito”, “Chamam Isso de Traição”, “Lê Lê Lê”, e com o repertório do novo disco “Só Modão 2”, como “Moda Derrama” e “Vício”, além das músicas antigas como “Frio da Madrugada”, “Saudade Bandida”, “Ainda Ontem Chorei de Saudade”, “A Vaca Foi pro Brejo”, entre outras canções que fazem parte do novo show da dupla.
No mês de novembro do ano passado, João Neto & Frederico divulgaram o novo disco “Só Modão II”. O CD duplo, conta com 12 faixas cada volume – totalizando 24 canções, sendo 6 inéditas. O álbum reuniu grandes sucessos da música sertaneja e caipira, e traz uma participação especial, da dupla Jads & Jadson.
O repertório com clássicos da nossa música sertaneja, com pot-pourris “Chamada a Cobrar/Hoje Eu não Posso Ir/Tchau Amor”, “Frio da Madrugada/Saudade Bandida”, “Vida é Saudade/Hoje Eu Topo Tudo que Vier/O Último dos Apaixonados”, “Agenda Rabiscada/Pão de Mel”, “Faz um Ano/Duas Camisas/Decida”, “Mulher Sempre Mulher/Fuscão Preto”, “Vida Vazia/Desejo de Amar” e “Porta do Mundo/Caminheiro”. Sucessos como “Ainda Ontem Chorei de Saudade”, “Morango do Nordeste”, “A Vaca Foi pro Brejo” e “Te Cuida Coração” também fazem parte desse disco.
Finalizando a segunda noite de festa da Barraca Universitária, pelo segundo ano consecutivo no evento, Janderson & Anderson acabaram com tudo. A dupla cantou sucessos como “Famoso Ricardão”, “Pentada Violenta”, que ganharam o Paraná no começo, além das novas “Pegada Bruta”, “Não Sou Xucro Não”, “Boca A Boca” e “Car Do Céu”.
Janderson & Anderson se conheceram no ano de 2008, após um churrasco na cidade de Maringá. Naquele dia, estava Janderson e o Sr. Luiz, pai do Anderson, que ligou para o filho imediatamente para que fosse até lá. Desde a primeira vez que começaram a cantar, as vozes já casaram, parecia que já cantavam juntos a muito tempo.
Janderson com seu jeito simples que leva na garganta um Vozeirão de causar impacto logo à primeira vista. Se interessou por violão ja criança quando tinha 11 anos de idade, e seu vizinho o Sr. Cardoso o ensinou o modesto pouco que sabe, vizinho este, que Janderson perturbava muito para apreender os acordes que mais tarde poderia dar uma reviravolta em sua vida. O que o garoto sempre quis, era aprender viola caipira e foi aos 17 anos, que seu Pai José Dias o presenteou com o instrumento que até hoje é sua maior paixão.
A história musical de Anderson começa por influencia e apoio de seu Pai e avô paterno. Começou a tocar violão quando era ainda garoto e aos 11 anos de idade ganhou sua primeira viola, instrumento esse que o fez abandonar o velho violão. Com o incentivo do seu avô começou a cantarolar nas rodas de viola de sua cidade, no repertório tocava canções de grandes nomes que marcaram a história da música raiz, dentre eles Lourenço & Lourival, Zico & Zeca e Tião Carreiro & Pardinho.