O Conversa com Bial desta sexta-feira, 21/9, recebeu as irmãs Meire e Marilene Galvão. No bate-papo com Pedro Bial, a dupla sertaneja falou sobre a doença que acomete Marilene há algum tempo. Durante a conversa descontraída, As Galvão falaram também sobre sua história e contaram que, apesar das dificuldades, fazem shows para que Marilene se lembre de todas as letras das músicas.
O programa contou ainda com a participação do Dr. Rodrigo Rizek Schultz, médico da cantora, que, no dia de conscientização da doença, deu dicas sobre como perceber a manifestação do Alzheimer e os cuidados necessários. Além disso, Fernando Aguzzoli, autor do livro “Quem, eu?”, contou a história de sua avó Nilva, que sofria de Alzheimer.
Após anos de sucesso como As Irmãs Galvão, as artistas acharam que era hora de inovar e decidiram mudar o nome da dupla para As Galvão, após consulta em uma numeróloga.
“Papai era cuidadoso”, lembrou Marilene sobre o pai que faleceu há 40 anos de um AVC.
“Tá com 97 anos, ela é uma gracinha. Ela fala que a Marilene é a irmã dela, eu chego ela fala que eu sou a colega de infância dela”, comenta Mary sobre a mãe, que não lembra de algumas coisas e pode ter variações de Alzheimer.
Durante as perguntas de Bial, Marilene, que sofre de Alzheimer, se perdeu em suas respostas na hora de respondê-las. “Eu perco de repente”, explicou Marilene na hora de responder a uma pergunta.
Meire contou para Bial que começou a perceber os sinais da doença na irmã quando Marilene esquecia o começo das frases das músicas.
“Eu fico nervosa, porque eu sinto que perdi aquele trecho daquela música. E então a Meire, minha companheira, vai um pouquinho mais pra trás (pra ajudá-la a lembrar). Então, eu estou nessas condições agora.” (Marilene)
“Ela começou a fazer esse tratamento com o Dr. Rodrigo Rizek Schultz e está até hoje sendo atendida, mas não tem regressão. Mas a gente tem que estar presente, nunca saiu de perto”, falou Meire sobre o tratamento da irmã.
Dr. Rodrigo Rizek Schultz, presidente da ABRAz – Associação Brasileira de Alzheimer, falou sobre as diversas causas que podem acarretar a doença como o estresse, a alta demanda intelectual, cognitiva, os distúrbios comportamentais (depressão, ansiedade), entre outros.
“Uma mudança nas características da pessoa, de personalidade, um esquecimento que a pessoa não tinha antes e uma interferência no dia a dia”, listou Dr. Rodrigo como o diagnóstigo para o caso de Marilene.